Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo

13 de maio – comemorar o que?

Um dos grandes desafios do educar para a igualdade, é deixar de romantizar as datas históricas e realmente entender do que estamos falando. Neste mês, muito se fala sobre o “13 de maio”, que durante muitos anos foi comemorado pela assinatura da Lei Áurea. Mas a imagem da Princesa Izabel como uma “heroína, redentora” dos escravos, é seriamente questionada, pois a história não foi bem assim. Naquele período, em todo o mundo já existia um forte movimento contra a escravidão e o Brasil era um dos últimos países a manter esta prática de extrema violência. A Lei Áurea foi uma “lei para Inglês ver”, um ato político que tinha a intensão de tentar salvar o império, que é bom que se diga, estava com os dias contados. Tanto que a lei Áurea foi assinada em 13 de maio de 1888 e a Proclamação da república com o fim do Império, aconteceu no ano seguinte em 15/11/1889.

Após mais de 350 anos de escravidão, a lei não fez justiça. A Lei acabava com a escravidão e revogava ações contrárias. Mas não há liberdade sem dignidade! Os escravos não foram devolvidos para suas terras, não foram socorridos por políticas que garantissem condições mínimas para sobreviver, como onde morar, trabalhar e o que comer. Saíram da senzala para as encostas e para os morros longe das cidades, gerando lutas que ecoam até os dias de hoje.

Por isso, assim quando falamos em 11 de setembro e lembramos das vítimas do ataque terrorista das Torres Gêmeas, quando falarmos em 13 de maio devemos lembrar das milhares de vítimas que morreram pelas mãos da escravidão ou verdadeiros heróis como Zumbi dos Palmares, Castro Alves e tantos outros que morreram lutando pela liberdade.

Assista aos vídeos disponibilizados hoje pelo Departamento de Cultura e entenda melhor essa história, que deve ser refletida por toda a sociedade.

Racismo é crime. Denuncie! Disque 100

Departamento de Cultura

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