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Segunda foi Dia Mundial da Água, mas você conhece a relação de Colombo com as águas?

Esta é uma data importante para o calendário ambiental, e foi sugerida durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992), passando a ser comemorada em 1993, com o objetivo de contribuir para conscientizar sobre a importância da água como um bem comum essencial à vida no Planeta Terra – Nossa Casa Comum.

Foto Lago Tumiri – Parque Municipal da Uva

Sob o ponto de vista da cidadania, muito além de um recurso natural, a água é um bem comum pertencente à humanidade, porém é um bem finito.

Todos os seres de vida têm direito à água potável. E após o Paraná passar por um período agudo de crise hídrica, que se estendeu durante o ano de 2020, temos razões de sobra para compreender que precisamos agir rapidamente para assegurar a qualidade dos mananciais de nossa cidade.

Colombo está localizado sobre a área de afloramento do Aquífero Carste, um importante manancial hídrico subterrâneo. O Aquífero contém um grande potencial para abastecimento de água potável e sua exploração é justificada pelas administrações públicas e pela Sanepar para o abastecimento de água à população colombense, em razão da ocupação populacional do município, a ausência de rios com volume suficiente e a elevada altitude de Colombo, o que dificulta o recebimento de água de outras regiões. Entretanto, a exploração do aquífero deve ser feita de modo muito cuidadoso, observando todos os critérios técnicos e o conhecimento que se tem adquirido, ao longo de mais de 20 anos, quando foi iniciado o processo de exploração dos poços subterrâneos perfurados na região rural de Colombo, na década de 1990.

Os danos causados ao meio ambiente, em razão da exploração inadequada dos mananciais, foram irreparáveis. Várias nascentes e riachos que permeavam nossos bairros rurais, secaram e não retornaram mais. Este cenário não pode, e nem deve se repetir; portanto, cabe a cada um de nós agir, dentro da esfera de atuação que compete aos órgãos públicos, moradores e sociedade organizada, a fim de planejar ações sustentáveis para prevenir futuros danos ao nosso patrimônio hídrico e assegurar a qualidade da água do Aquífero.

Aqui vale ressaltar que a prudência e o cuidado na gestão dos bens naturais é um dos critérios mais importantes a ser estabelecidos, frente aos cenários futuros. Para evitar que a crise hídrica prejudique o abastecimento público de água, é preciso investir no cuidado com as nascentes, na proteção e recomposição das matas ciliares, no esgotamento sanitário adequado à cada região, em cultivos agrícolas que evitem a contaminação do solo com herbicidas e outros defensivos, em especial nas margens dos riachos e próximo às nascentes. Também é preciso estar atento ao descarte irregular de lixo, bem como em processos erosivos que podem causar riscos de contaminação dos bens hídricos superficiais e subterrâneos.

Estas são algumas medidas necessárias, entretanto, é preciso fortalecer nossa consciência coletiva em torno da sustentabilidade socioambiental em Colombo. A qualidade de água que desejamos manter e deixar para os futuros descendentes, depende dos esforços que pretendemos assumir, diante das problemáticas enfrentadas na atualidade.

São nossos comportamentos e atitudes cidadãs que possibilitarão a qualidade de vida para cada cidadão colombense! Envolva-se nos projetos e programas que visam proteger e preservar os bens naturais coletivos. Faça sua parte em casa, buscando evitar o consumo excessivo e o desperdício de água potável; procure combater a poluição causada pelo lixo e pelo esgoto irregulares. A responsabilidade com a Vida é uma das ações que podemos praticar sempre, então, seja o elo que falta nesta corrente!

Por: Dalva Simone S. Dias – Coordenadora do Programa de Educação Ambiental – Secretaria de Meio Ambiente

Foto Divulgação

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